sábado, 4 de junho de 2011

Portugal-Noruega, 1-0 (crónica)



Portugal bateu a Noruega com um golo solitário de Postiga e chegou, finalmente, ao primeiro lugar do Grupo H
Por Ricardo Gouveia

Oito meses e três vitórias depois, Paulo Bento corrigiu as dúvidas queirosianas e colocou Portugal no topo do Grupo H da fase de qualificação para o Euro-2012. Depois das vitórias sobre a Dinamarca (3-1) e Islândia (3-1), a selecção nacional teve de sofrer um pouco mais esta noite, no Estádio da Luz, para «vingar» o último desaire da era Queiroz frente à Noruega, vencendo pelo mesmo resultado (1-0) e colando-se à Noruega e Dinamarca no topo da classificação, mas com uma clara vantagem na diferença de golos.

Com um grande ambiente no Estádio da Luz, Portugal assumiu de início as despesas do jogo, como lhe competia, com o triplo-M (Martins, Meireles e Moutinho), a reclamar de imediato o domínio da zona central, com o consentimento dos homens de Egil Ölsen que cedo mostraram que tinham como primeiro objectivo a defesa da baliza de Rune Jarstein. Com Nani e Ronaldo bem abertos nas alas, Portugal procurou abrir o jogo, mas faltaram sempre muitos centímetros a Postiga e companhia para ganharem bolas na área. O futebol rendilhado também não resultava nas várias surtidas pela zona central. Moutinho, sempre em acção, bem se esforçou que encontrar uma abertura na muralha norueguesa que se manteve inabalável.

Confira a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores

Sem soluções ao centro, o jogo de Portugal começou a descair sobre a esquerda, onde alinhava uma dupla para o Real Madrid ver, com Fábio Coentrão nas costas de Ronaldo. Era por aí a seleçcão conseguia ir mais longe, mas continuavam a faltar espaços para visar a baliza de Jarstein que, até ao intervalo, só se teve de aplicar a fundo uma vez, para anular um livre ao melhor estilo de Cristiano Ronaldo com uma espectacular defesa.

Do outro lado, Eduardo também teve oportunidade para brilhar, com uma boa defesa, a um remate traiçoeiro de Huseklepp num dos raros contra-ataques da Noruega. A primeira parte correu num ápice, com total domínio de Portugal, mas com escassas oportunidades, sem soluções para contornar a elevada muralha norueguesa, como comprovam os oito pontapés de canto que não resultaram numa única oportunidade de golo.

Acelerar, marcar e travar a fundo

Portugal parecia estar a fazer tudo bem, faltava-lhe apenas um pouco de velocidade para poder surpreender os homens de branco. E foi isso que conseguiu logo no início do segundo tempo, com Nani a cruzar rasteiro (por alto não valia a pena) para a entrada de rompante de Postiga que, com um desvio junto ao primeiro poste, abriu o marcador.

O mais difícil estava feito e o jogo tinha, agora, tudo para mudar. O resultado, com a vitória da Dinamarca na Islândia, já não interessava à Noruega que tinha de arriscar um pouco mais e abrir as suas linhas. No entanto, alcançado o primeiro objectivo, Portugal deixou-se adormecer, tirou o pé do acelerador e aligeirou a pressão que tão bem estava a exercer. A Noruega também não incomodou muito e os minutos passaram céleres, com Paulo Bento a refrescar todos os sectores com as entradas de Sílvio, Rúben Micael e Varela.

Seguiu-se o controlo acentuado dos portugueses mas, com Ronaldo em noite pouco inspirada, faltaram mais golos para a festa na Luz ser ainda mais animada, mas a verdade é que Portugal de Paulo Bento continua no bom caminho. O próximo episódio está marcado para 2 de Setembro com uma visita ao Chipre.

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